Na praia de Toque Toque Pequeno, andando pro lado esquerdo as canoas dos pescadores começam a aparecer, transbordadas de redes, sobre as toras que as suporta até a água.
Alguns destes pescadores são remanescentes do povo caiçara. É o caso de João Carlos, do Toque Toque Pequeno, que alimenta seus peixes no cerco três vezes por dia.
A rotina não é leve e um parceiro sempre é necessário, principalmente para colocar e retirar a canoa na água, por meio de toras que são colocadas abaixo do casco na areia.
Os peixes são alimentados com ração específica e um pouco de sardinha também. Em novembro ele abre seu quiosque na praia onde comercializa os peixes que pega com o defeso, os mariscos da fazenda também local e quem sabe os peixes Bejupirá maiores.
João alega que ele provavelmente é a última geração de caiçaras, pois seu filho já está estudando e não deve permanecer para fazer a mesma coisa que seus antepassados.
A cultura caiçara era tão enraizada nesta região que foram construidas as seguintes capelas no local:
Toque Toque Grande – Em devoção a Sant`Anna, foi construída em tijolos de barro na década de 20 do século passado.
Toque Toque Pequeno – Em devoção a Nossa Senhora Imaculada Conceíção, foi construída em pau-a-pique também na década de 20 do século XX.
Paúba – Também em devoção a Nossa Senhora Imaculada Conceição, tem na fachada e interior influências coloniais. Construída na década de 40.
Maresias – Em devoção a São Benedito e Sant`Anna, tem alvenaria de tijolos de barro e foi construída há 65 anos.
Os visitantes desta região podem procurar a Entreter Turismo e perguntar sobre como ter Um Dia de Caiçara. Ajude o João a por a canoa no mar, alimentar os Bejupirá e estender sua rede.
Preservar a cultura caiçara por meio de conhecimento e produtos turísticos pode ser uma das melhores maneiras atualmente de sensibilizar sociedade e autoridades.
Entreter Turismo