Os sinais de que os consumidores estão preferindo cada vez mais alimentos considerados menos nocivos à saúde está claro e vem refletindo em vários mercados. Um dos principais movimentos é o de consumir cada vez menos carnes e mais proteínas vegetais.
A Beyond Meat, que também tem Bill Gates e outras estrelas como investidores, entre eles Don Thompson, ex-CEO do McDonald’s; Biz Stone e Evan Williams, fundadores do Twitter; e o ator ativista Leonardo DiCaprio, é mais uma startup que já está degustando este mercado com a fabricação de hambúrgueres e salsichas saudáveis feitas com vegetais.
Outra empresa que vem se destacando na criação de alimentos inovadores é a Ikea, cujo foco está em transformar o fast food em refeições saudáveis, caso do “The Dogless Hotdog”, feito à base de cenouras secas, ketchup de beterraba e berry e outros ingredientes, sendo o mais revolucionário deles a spirulina, uma microalga verde com alto valor proteico. A empresa também oferece um crocante e delicioso (?) “Bug Burger”, que, além de beterraba e batata, leva uma larva de escaravelho na sua composição, e uma almondega feita com insetos, algas e carne de laboratório.
Os exemplos de tendências mais saudáveis acontecem também no Brasil. Por isso, é importante estar atento, por exemplo, ao tipo de proteína consumida, um elemento importante para uma dieta saudável. Sendo assim, especificamente a proteína vegetal vem contando com estudos que comprovam o quão benéfico esse tipo de alimento pode ser para uma saúde de qualidade. Para saber mais, confira abaixo os 7 benefícios de uma dieta baseada em proteína não animal.
Prevenção de doenças cardiovasculares
De acordo com uma recente revisão do Colégio Americano de Cardiologia, uma alimentação baseada em vegetais integrais contribui não só para a prevenção de doenças cardiovasculares, como também pode interromper e reverter a progressão dessas condições, que são a principal causa de morte no mundo.
Não é difícil ter acesso a esse tipo de alimento
Muitos alimentos vegetais são ricos em proteínas, um claro exemplo disso são as leguminosas, os cereais integrais, algumas frutas, verduras, legumes e as sementes oleaginosas como linhaça, gergelim e castanha do Pará e de caju. Além disso, para quem tem restrições alimentares e/ou quer um produto prático e de qualidade, é possível encontrar as proteínas vegetais em forma de suplemento.
Essencial para o público vegano
A proteína vegetal seja in natura ou na forma de suplementos é uma dica valiosa para a alimentação do público vegano. Uma porção (scoop) de 21 gramas desse tipo de alimento oferece, em média, 17 gramas de proteínas e 80 calorias.
Músculos mais fortes
As proteínas vegetais conseguem agir no crescimento, desenvolvimento e na reparação muscular. Por esse motivo, muitos atletas e esportistas acrescentam o alimento em sua dieta para auxiliar na boa performance física.
Organismo equilibrado
As proteínas de origem vegetal possuem aminoácidos e outros nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. Além disso, elas são digeridas com mais facilidade e, no caso das 100% naturais, não há em sua composição aditivos químicos – substâncias que são prejudiciais à saúde.
Impactos mínimos ao meio ambiente
A produção das proteínas vegetais utiliza uma quantidade menor de recursos do meio ambiente, comparada à fabricação de outros produtos. Esse é um aspecto importante em meio a um contexto em que a sustentabilidade se faz mais do que nunca necessária.
Pressão arterial sob controle
O alimento vegetal possui baixo índice de gorduras e é livre de colesterol, por isso seu consumo pode auxiliar a regular a pressão arterial. Algumas pesquisas, inclusive, atestam que os aminoácidos presentes nas proteínas vegetais podem ajudar a prevenir a hipertensão, uma condição grave que afeta a qualidade de vida de muitas pessoas.
Também o hábito de vida da população brasileira mudou muito nos últimos anos. A procura por uma alimentação mais saudável, a prática de esportes e uma rotina equilibrada são pontos em destaque. Segundo estudo feito pela Mckinsey&Co, da Europa, a venda de FLVs (frutas, legumes e verduras) pode incrementar em até 10% as vendas anuais, inclusive em mercados com baixo crescimento da economia.
O brasileiro busca cada vez mais a receita para a longevidade e, consequentemente, a demanda por produtos frescos cresce significativamente. Assim, aquilo que talvez era apenas um complemento de sortimento para o varejo, passa a ser uma categoria de relevância. “O investimento nesse setor tem uma característica singular, permitindo um aumento no trafego das lojas”, explica Prof. Claudio Felisoni, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR).
Essa tendência indica que os consumidores passaram a valorizar mais a qualidade dos produtos. A pesquisa europeia obteve uma base aprofundada sobre a qualidade percebida de frutas e vegetais vendidos por varejistas de alimentos nos países consultados (França, Alemanha, Suíça e Reino Unido). “Os produtos industrializados que estão nas prateleiras não permitem diferenciação, essa distinção vem exatamente do campo, dos produtos agrícolas. O estudo mostra que na Europa, onde foi realizado, há espaço para um grande desenvolvimento neste setor. E se existe esse grande potencial no mercado europeu, imagina aqui no Brasil”, complementa Felisoni.