Nhoque, um dos tipos de massa mais consumidos no Mundo, conta ainda com uma tradição que o inclui no cardápio de milhões de pessoas ao redor do planeta, o nhoque da fortuna, que é celebrado todo dia 29. Conheça a cultura do nhoque no Ocidente!
O Gnocchi é provavelmente a forma mais antiga do italiano fazer massa. Os relatos sobre ele datam da era pré-cristã e sua chegada na Sicília ocorreu há aproximadamente 1.000 anos.
Naquele tempo o nhoque era feito com as farinhas disponíveis, como a de arroz e de trigo. Há 400 anos a batata chegou na Europa e mudou a história dessa massa para sempre. Com esse tubérculo na preparação da massa, o gnocchi ganhou o Mundo.
Já o Nhoque da Fortuna é uma tradição secular. Consiste em realizar um pequeno ritual nos dias 29 de cada mês, afim de obter fortuna durante os próximos 30 dias.
O costume compreende comer nhoque em uma das refeições. Comer sete das massas em pé e colocar notas ou moedas embaixo dos pratos. Estas notas ou moedas devem ser guardadas ate o próximo dia 29 para serem usadas.
Seu reconhecimento mundial fez com que a receita tivesse ingredientes regionais. No Brasil recebe o nome de inhoque, ou simplesmente nhoque e sua base por aqui também é feita de mandioca, nosso tubérculo nacional.
O preparo e utilização da massa recebeu outros nomes em diferentes lugares onde também foi introduzido, como knodel, dumpling, entre outros. Porém, sem dúvida o mais difundido e consumido no Ocidente é o italiano Gnocchi.
O Nhoque, na verdade representa uma ideia no plano gastronômico. Suas variações podem ser nos diferentes tipos de farináceos usados, no tubérculo ou vegetal que compõe a massa, no formato que pode ser cozido, assado e frito, além da infinidade de molhos utilizados.
Em Nashville, nos Estados Unidos, um restaurante prepara nhoque com massa de buiscuit, um pãozinho característico da cozinha americana, muito difundido no café da manhã. É como se voltassem no tempo antes da introdução da batata na Europa, quando o gnocchi era feito também de miolo de pão.
Já no Madalosso de Curitiba, o nhoque é apresentado em três versões diferentes. Veja quais são aqui!
No Grand Hyatt de São Paulo, durante uma cooking class da África do Sul, uma das mais renomadas chefs do país apresentou nhoque de inhame em uma de suas criações. Também em São Paulo, a massa é uma das servidas no rodízio do Galeto Di Paolo, com vários molhos à escolha. Parece ser uma boa forma de se deleitar com o nhoque, não?
Durante entrevistas com chefs italianos na semana gastronômica deste país em São Paulo, o chef Alessandro Lestini mencionou o gnocchi al sugo d’oca (Nhoque com molho de pato) como um dos Primi Piatti mais representativos da Região da Umbria.
Uma das receitas que traduzem a tradição e regionalidade dentro da Itália é o piemontês Gnocchi al Castelmagno, elaborado a partir da introdução do queijo de produção local na receita.
O nhoque da foto de abertura é do Aguzzo de Pinheiros e foi considerado um dos melhores de SP.