O vinho faz parte da história do mundo, mas em Portugal esse significado é intimamente ligado à sua identidade. Os Tartessos que cultivaram as primeiras vinhas em 2.000 ac., os Fenícios que introduziram novas castas, os gregos que impulsionaram e modernizaram o processo de fabricação, celtas e iberos, todos construíram a base vinícola de Portugal.
E os Romanos, que demoraram dois séculos para conquistar a Península deram nova dinâmica ao cultivo do vinho na região, com novas castas e a prática da poda. Nesta época Portugal desenvolveu sobremaneira a exportação de vinho para abastecer Roma. A própria igreja católica manteve e impulsionou o cultivo da vinha para atender os cultos religiosos.
Mais tarde, depois das descobertas portuguesas alem mar e em outros continentes, o vinho foi sempre levado como mantimento para a tripulação e moeda de troca por outros itens estrangeiros de interesse.
Durante o século XVIII a exportação foi novamente impulsionada devido a um tratado com a Inglaterra gerando a primeira região demarcada do mundo do vinho, no Douro. Nesta época também surgiu a rolha de cortiça que fez o vinho viver uma nova fase de armazenamento, transporte e consumo.
Durante o século XIX Portugal brigou com uma praga que dizimou várias regiões vinícolas, e que foram retomadas já próximas ao século XX. Ao longo do novo século, novas regiões foram demarcadas e a produção se restabeleceu.
Até os dias de hoje, passando por tantas invasões e disputas a vinicultura tem acompanhado todos os momentos da história portuguesa com reflexos que se traduzem nas qualidades do vinho português. Todos os reis de Portugal protegeram e consideraram a produção do vinho com destaque.
Algumas famílias remanescentes de séculos de vitinicultura ainda permanecem no cultivo das castas produzindo vinhos premiados em todo o mundo.
Lisboa, Alentejo, Dão, Douro… São tantas as regiões produtoras em Portugal, de castas nacionais e estrangeiras.
O vinho português tem nomes que datam de longe e aperfeiçoaram a produção durante séculos, na verdade milênios. Se a escolha de um vinho também envolve sua história, Portugal oferece uma ampla escolha de rótulos que trazem o resultado da ação da história sobre o vinho naquela região.