Poucos sabem, mas os armênios chegaram primeiramente ao final do séc. XIX em São Paulo, com espírito de luta e conquista, para reformas nos portos de Santos e Rio de Janeiro. Nesta época, após a escravidão, não existia classe média e os armênios teriam que se diferenciar dos brasileiros de classe baixa, se quisessem progredir por aqui.
Pouco depois, a grande onda de imigração armênia foi entre 1915 e 1926, quando houve a diáspora e milhões de armênios se espalharam pelo mundo, pois o Império Turco Otomano já havia aniquilado mais de 1,5 milhão de pessoas.
Desta forma, os armênios criaram uma primeira rede social na capital paulista, onde a comunidade se ajudava e se financiava internamente para crescer enquanto uma colônia.
Naquela época os armênios estavam mais ligados à indústria de calçados. Tanto deu certo que atualmente diz-se que não existe armênio pobre, por se caracterizar por um povo muito trabalhador e unido.
Em São Paulo, os que quiseram ficar na cidade situaram-se na região da Luz ou foram para a região atual de Santana, os que preferiram trabalhar na terra foram para onde hoje é localizada a cidade de Osasco. Portanto, se hoje vivem por volta de 100 mil armênios no Brasil, a maioria está em São Paulo.
Em homenagem a este povo, que primeiramente no ramo de calçados e posteriormente no comercio fizeram parte da historia desta cidade, São Paulo nomeou uma estação de metrô onde se localizam várias igrejas armênias, próximo do bairro da Luz, de Estação Armênia. O primeiro anúncio desta estação via alto falante dos trens, foi feito por um armênio que hoje se dedica a fazer uma das melhores esfihas da cidade, o Roberto da Casa Garabed.
Sua gastronomia é muito ligada à sua história e as influências culinárias que o país vem incorporando há séculos. Por lá já se instalaram assírios, gregos, romanos, mongóis, persas, árabes, bizantinos, turcos, russos, entre outros.
Muito podem confundir a gastronomia armênia com a árabe, pois foram quase 250 anos de presença deste povo na antiga Armênia, porém a forma e o tempero empregados na culinária armênia os tornam outra comida totalmente diferente.
Quanto à diferença de sabor dos alimentos, alguns apontam maior utilização de ervas do que temperos, como os árabes.Apesar de uma colônia próxima a 25 mil na capital paulista, não existem muitas casas tipicamente armênias. Porem as que aí estão representam de maneira hospitaleira e saborosa sua gastronomia.