Estes golfinhos fluviais podem ser mais carinhosos do que muitos pets criados em casa. A relação destes animais com os seres humanos é das mais próximas, ocasionando em lendas, ditos e folclores.

Eles vivem nas bacias dos Rios Amazonas e Orinoco distribuídos em três espécies diferentes, já identificadas. A coloração vem de seu ventre, pois tem cor acinzentada, com variações avermelhadas na barriga.

Dentes em formato de serra, olhos pequenos e grande simpatia. A proximidade com os seres humanos é reforçada por conta de seus hábitos diurnos. Segundo as lendas, à noite se transforma em homem e sai do rio para conquistar as ribeirinhas.

Só gosta de água doce, portanto não chega a ser visto nos estuários dos grandes rios, como Amazonas, logo não conhecem seus primos golfinhos. São cetáceos, parentes de gigantes terrestres que foram para as águas Há 50 milhões de anos.

Procriam na estação baixa dos rios e a gestação termina na época de cheia. Alimentam-se basicamente de peixes, portanto só será nocivo se acuado ou pressionado.

Podem chegar a 2,50 metros de comprimento e até 160 kg. Não enxergam direito e se comunicam por sons. Os pelos no bico também realizam um tipo de varredura da água e os ajuda a encontrar alimento. Vivem geralmente em águas rasas pois gostam de peixes de couro como o bagre.

Mas apesar de todas estas características favoráveis, eles encontram-se em extinção. Suas partes genitais podem ser vendidas com fins afrodisíacos milagrosos, além de seus olhos servirem de amuleto. Tais atrocidades folclóricas e mais alguns pescadores (predadores) fazem com que um dos animais mais amigáveis do mundo estejam ameaçados.

Quem visita a Amazônia pode comprovar esta amistosidade, pois pode-se fotografar de muito próximo, além de ser possível nadar com eles. O local mais próximo de Manaus para encontrá-los é Novo Airão, nos parques Jau e Anavilhanas. Porém também são avistados no encontro das águas do Rio Negro com o Solimões. Não raro ouvem-se histórias de salvamento de náufragos por botos.