Nosso encontro com esta espécie foi no manguezal da Baixada Santista, onde se podem avistar várias destas aves, junto a outras. Por ser um animal gregário, gosta de viver em bandos.
Quando estas aves constroem seus ninhos nas árvores, o fazem com gravetos e gramíneos e se instalam junto a outras espécies. Na Baixada eles foram flagrados junto a biguás, garças, socós e guarás vermelhos.
Eles gostam de viver em praias lamacentas do litoral e dos rios, manguezais, brejos, lagos, veredas e matas ciliares. Estão à procura de alimentos em pontos de pouca profundidade. Sua ocorrência se dá desde os Estados Unidos até a Argentina. No Brasil, esta é uma ave considerada do Pantanal, mas ocorre em várias regiões brasileiras. Como se alimentam utilizando o bico achatado em formato de colher, sacudindo lateralmente e peneirando a água, foram batizados com este nome.
Embora não seja uma ave em perigo de extinção no mundo, vergonhosamente está ameaçada no Pantanal e em Minas Gerais. Este é um animal muito visado pelos traficantes, por sua beleza e plumagem. Além disso, o desconhecimento da atual população e a destruição do habitat são outros grandes inimigos da conservação desta maravilha.
Em cativeiro, caso não tenha uma dieta capaz de fornecer os pigmentos, tornam-se rosa muito claro ou mesmo esbranquiçados. Portanto a garantia da beleza do animal, só quem pode dar é a natureza. Além disso ele é um ótimo parâmetro para os humanos, pois é uma ave indicadora da boa qualidade ambiental, pois é muito sensível e não resiste à poluição e à contaminação do meio ambiente, principalmente da água.
Portanto, cuidemos da água e dos mangues para não perdermos este patrimônio de asas.