A verificar pelos antigos ditos populares em Portugal, não há uma regra sobre o que come durante os dias de Carnaval.
Sabe-se que muitos pratos são associados à folia e muitas vezes sem saber de onde vem essa estória.
No Entrudo, festa histórica de Portugal, da qual nasceu o Carnaval brasileiro, a comilança já começava nos domingos que sucedem o Dia de Reis, em 6 de Janeiro. Os Domingos Gordos deram origem às Feijoadas de Carnaval, que acontecem até hoje em várias cidades portuguesas, cada uma com suas características culinárias diferentes.
Feijoada
Então historicamente a Feijoada é um prato carnavalesco!
Já no Sul do país, mais precisamente no Paraná, os imigrantes açorianos do séc. XVII incorporaram a antiga manifestação cultural da Dança dos Tamancos ao calendário de Carnaval. Durante o Fandango, como era conhecida essa dança comia-se o Barreado, que por sua consistência e sustância era usado para recuperar as energias da folia.
A receita típica da culinária paranaense é muito consumida até hoje, principalmente nas cidades de passado caiçara, próximas ao litoral, como Morretes e Paranaguá.
Veja matéria sobre Morretes e o Barreado
No Nordeste, Gilberto Freyre chegou a citar em seu livro Açúcar: ” Nos dias de Carnaval, os velhos filhoses portugueses com mel de engenho”.
A receita portuguesa, assim como a prática de fazer panquecas e waffles além de outras massas era típico do Carnaval da Europa, pois depois da festa inicia-se a Quaresma, quando naquela há séculos a proibição alimentar de orientação Católica era castigante e proibia o consumo de quase tudo. Daí o termo Terça-feira Gorda.
Mas ainda no Império Romano, um dos prováveis inventores do Carnaval, durante as Saturnálias, festas que aconteciam aos sábados em homenagem ao deus Saturno, consumia-se muito vinho, pois as festas eram protegidas por deus, Baco.
Portanto Vinho é uma bebida Carnavalesca!
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