Mais uma vez a mais tradicional feira e exposição de vinhos de São Paulo aconteceu na Bienal do Ibirapuera e como de costume trouxe alguns dos melhores produtores e importadores do Mundo.
O destaque foi a praça de degustação com inúmeros stands para conhecer mais sobre cada rótulo, casta, região, método… Não tem como sair de uma feira como essas sem saber tudo o que quiser sobre os vinhos. A oportunidade de conversar com os expositores enquanto lhes apresenta os rótulos é inestimável para aqueles amantes do vinho.
A viagem começou pelos espumantes da Denominação de Origem Crèmant, da região do Loire. Também feito pelo método tradicional dos espumantes, com regras próprias de cultivo e produção. O Trésors de Loire Crèmant Brut tem em sua composição 70% de Chenin, 20% Chardonnay e 10% Cabernet Franc. Um Assemblage rico e poderoso.
Provamos também do Vale do Loire o varietal Trésors de Loire Touraine Sauvignon 2017, 100% Sauvignon Blanc. Cítrico com floral incrível!
Já na Borgonha degustamos um branco invejável com uma história de mais de 6 gerações, o Domaine Maurice Lecestre Chablis 2017. A única uva permitida para a produção de um Chablis é a Chardonnay e o que diferencia os vinhos são os métodos e os solos onde são produzidos. Neste quesito, os solos muito antigos de denominação “Kimeridgiano” produz os melhores exemplares.
O próximo foi um Riesling francês, da região da Alsace, vizinha da também produtora Alemanha, portanto com um terroir próprio para este vinho mineral que se desenvolve com a maturação. O Domaine Jean Marie Haag Riesling 2017 pode ser consumido em até 8 anos de guarda.
Fomos para Provence, a terra dos rosés, onde a história do vinho começou antes de Jesus Cristo e é a mais antiga região vinícola de toda a França. O Domaine de Saint Ser Couvée de L’Oratoire 2017 é feito com 3 das uvas predominantes na região sendo Cinsault, Grenache e Syrah. Aromas frutados e ótima acidez são as marcas deste vinho.
Outra região famosíssima da França, Bordeaux. De lá experimentamos o Château Barrail Meyney 2016. Feito com as uvas Merlot de uma das melhores safras (2016). Blend Bordalês 80% Merlot, 15% Cabernet Franc e 5% Cabernet Sauvignon. Frutas maduras e taninos ricos neste belo vinho.
O Domaine La Garelle Merlot 2016 vem da região de Côtes du Rhone, ao sul do Vale do Rhône. O varietal tem maceração curta de apenas 7 dias e então maturação em carvalho. 14,9% com leveza e taninos bem integrados.
Voltamos à Borgonha para um varietal da uva Gamay, que apresenta boa acidez e frutas. O Domaine Brossette Empreinte Côteaux Bourguignons 2017 é maturado em barris das florestas de Tronçais, na França, reconhecidos como menos porosos e de melhor qualidade.
A vinícola do Chevalier de L’Engarran 2015 foi eleita a melhor de Languedoc e este blend de cinco uvas atesta o título. As uvas do blend são 50% Grenache, 30% Syrah, 10% Mouvèdre, 6% Carignan e 4% Cinsault. A curiosidade é que este vinho é produzido em solo coberto por matagal.
Ainda no Languedoc, o Château du Vieux Parc L’Hermitage 2015 é um blend composto por 50% Syrah, 25% Grenache e 25% Carignan de videiras de cultura sustentável.
De volta a Bordeaux, o Château L’Arc Saint Pierre 2015 traz 70% Merlot e 30% Cabernet Sauvigon de ótima safra. A vinícola já está na quinta geração da mesma família que gerencia o Château desde 1876.
O Chez France indica este último vinho para acompanhar uma feijoada, portanto o Famile Jaume Crozes Hermitage 2016 é um tinto vigoroso. Um exemplo de vinho francês elegante e equilibrado da região do Côtes du Rhone.
Uma viagem e tanto por tantas regiões do principal produtor mundial de vinhos, além de reconhecidamente produtor de alguns dos melhores vinhos do Mundo.
Serviço:
Chez France