Como escrever sobre um lugar que visitamos? O que dizer sobre uma comida ou bebida, do ambiente e do serviço, sem promover um texto cansativo? O problema está em determinar o que é melhor.
Dia 30 de Dezembro de 2014 saiu uma matéria no Paladar do Estadão, sobre coisas que devem ficar para trás em 2015.
Os profissionais que deram sua opinião na matéria são ligados ao jornalismo gastronômico ou são donos de restaurantes, portanto intimamente ligados à gastronomia.
Dentre as muitas observações interessantes está a febre por entender rápido de cervejas artesanais e se controlar pelo International Bitterness Unit (IBU), um índice internacional que determina a intensidade do amargor da bebida. Sátiras e ironias não faltam com relação a utilização de adjetivos como “gourmet” que tem efeitos inacreditáveis, como o das paletas mexicanas.
A significância do “Melhor” tem prejudicado mais do que ajudado. Isso tem sido visto nos Reality ?? Shows da TV. Uma cópia literal de formatos estrangeiros, com apresentadores diferentes dos originais, ou seja, é quase como assistir novela mexicana. Nenhuma criação autentica pensada no telespectador brasileiro.
Enquanto isso Alex Atala inicia projeto brasileiríssimo no Mercado Municipal de Pinheiros e briga para que a gastronomia seja considerada cultura e obtenha incentivos fiscais em suas manifestações. O Olhar Turístico aprova integralmente esta brilhante iniciativa.
A questão dos preços da comida também é espantosa. Produtos semelhantes com valores muito diferentes. E isso não ocorre apenas nos restaurantes, já acontece muito em comida de rua. No geral, sair para comer em Food Truck custa o mesmo que ir a um restaurante. A exclusividade de alguns pratos e bebidas nas feiras impede a oferta do melhor aos visitantes e incita a formação de cartel de preços.
Outro fato notado é a involução dos gestores de algumas destas feiras, de imporem exclusividade de produtos aos visitantes, alguns deles importados!?! Essa prática, além de interferir na oferta de melhores produtos devido à concorrência, também incentiva a formação de cartel de preços.
Melhor frase da matéria do Paladar de 30/12/2014:
“Food truque. São Paulo virou um estacionamento pseudo-gourmet. Enquanto isso, não temos comida de rua de verdade.”
_Ailin Aleixo, blogueira do Gastrolândia
São Paulo permite muitas vertentes culinárias e modismos gastronômicos. É uma questão de evolução do publico. Com o tempo se criam referências.
Em 2015 vamos atrás do que a cidade de São Paulo tem a oferecer de diferenciado, autentico, original, todos os países do mundo, principalmente o Brasil, representados de forma única na Capital Mundial da Gastronomia.
Um ótimo ano pro Planeta
Carlos Ribeiro
Editor Olhar Turístico