Este psitacídeo pode chegar a 35 cm e tem aparência de papagaio, mas é um Maracanã, uma ave sul americana, mais próxima das araras. Sua plumagem é predominantemente verde, mas quando refletida no Sol deixa a cabeça levemente azulada. Portam também penas vermelhas e amarelas embaixo das asas e em seu contorno superior (esta região é conhecida como “encontro”), que ficam mais evidentes durante o voo. Mas o que o diferencia mesmo de outras espécies mais próximas é o entorno dos olhos brancos e o bico claro.
Uma das características desta ave é que são barulhentas e vivem em grupos.
As aves apresentadas nas fotos são frequentadoras do bairro do Brás, no centro de São Paulo. Na verdade esta é uma das regiões menos arborizadas da cidade.
Elas aparecem muito cedo, por volta das cinco horas da manhã em busca de alimento. Depois elas retornam ao cair da tarde, para mais uma boquinha. No local são oferecidos sementes de girassol e frutas diversas e eles adoram, principalmente goiaba e banana. São dispostos alguns galhos de árvore secos e o bando costuma se empoleirar, limpar o bico depois de comer e até namorar. Se divertem promovendo algazarra. Mas cuidado porque eles produzem sujeira, portanto planeje onde colocar alimentos e consequentemente o local onde vão pousar.
Os Maracanã não se incomodam com a presença humana, mas uma aproximação maior vai depender de tempo de convivência. No geral essas mini araras trazem beleza generosa para os quintais, mesmo no centro da maior cidade do país.
Etimologia (origem da palavra maracanã). A palavra maracanã deriva do tupi “marakaná”, da junção de maraká, chocalho, e -nã, semelhante, significando “semelhante ao chocalho”. Dicionário Online de Português
“A maracanã-pequena, Diopsittaca nobilis, é um psitacídeo pequeno, com 30 a 35 cm de comprimento e até 170g de peso. Faz ninhos em cavidades, sejam elas naturais em árvores e palmeiras (vivas ou mortas), cupinzeiros ou cavidades antrópicas, tais como beirais, forros e de edificações, além de postes altos de iluminação.
Originalmente é uma espécie de áreas semiabertas, cerrados, buritizais, matas secas, plantações e eucaliptais. Entretanto, no município de São Paulo sua ocorrência não é natural. As populações da cidade são possivelmente originárias de escape de cativeiro e de solturas de indivíduos oriundos de apreensão.
É uma espécie que se alimenta de frutos, frutos de palmeiras, sementes e flores (de onde retira o néctar) e, como todo psitacídeo, é ameaçada em função do tráfico internacional, segundo a Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora (CITES – Apêndice II).
A instalação e manutenção de comedouros é uma estratégia mais ética de se ter e observar aves no quintal, sem mantê-los presos em gaiolas. A sugestão é que os recipientes sejam limpos diariamente e instalados de forma a evitar a proliferação de animais sinantrópicos, como ratos e baratas.”
Juliana Summa, Diretora da Divisão de Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA)
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