Angola é um dos maiores países africanos e um dos mais novos também. Deixou de ser colônia portuguesa em 1975. É lusófono, portanto, com grande facilidade de se comunicar com os brasileiros. Até por isso que estão aumentando suas visitas ao Brasil, mas alguns acabam ficando.
Com o processo econômico em alta, principalmente em Luanda, muitos angolanos têm vindo ao Brasil para compras de vestuário popular. O bairro cosmopolita do Brás, que já abriga as conhecidas sacoleiras, agora recebe comerciantes de além mar.
Importante lembrar o patrimônio social e cultural deste que é um dos primeiros bairros de São Paulo e que já foi criado para abrigar imigrantes e seus comércios. Primeiro foram os italianos, daí os nordestinos, árabes, coreanos, bolivianos e agora os angolas.
Na região ocupada por transportadoras, lojas do norte e lojas de calçados, instalou-se uma verdadeira colônia de angolanos, presentes nas lojas, nas transportadoras, nos hotéis e bares da região. Já podem ser vistas transportadoras especializadas no país africano e muitos dos coloridos e simpáticos imigrantes e visitantes deste povo que já faz parte da história do Brasil há tanto tempo.
Primeiro foram os processos escravagistas no período colonial, depois foram os imigrantes que vieram logo após a independência em 1975, então os refugiados da guerra civil e agora os comerciantes. Mais um povo que ajudou e continua ajudando São Paulo a crescer.
A gastronomia angolana recebeu muita influencia da cozinha portuguesa, mas também da africana e asiática. Mercantes árabes que trouxeram várias especiarias para o país, além dos portugueses que introduziram elementos das Américas, deixaram suas marcas na culinária do país. Mas apesar das influencias, a cozinha angolana guarda sua personalidade e identidade em cada prato.
São comuns alguns cereais que são cultivados desde a antiguidade e a utilização de cozidos é muito forte.
Assim como no Brasil, utiliza-se muita banana, mandioca e quiabo. Dois dos principais elementos utilizados na cozinha angolana são o óleo de dendê e o amendoim.Na verdade, não se espante se sentir um sabor familiar nas comidas de Angola, pois os temperos e elementos são muito parecidos.
O Olhar Turístico encontrou apenas um representante desta gastronomia em São Paulo, mas a tendência é de que outros possam aparecer, pois o movimento deste povo para a capital paulista é grande.
