A chegada dos colonizadores a região de Jundiaí se deu na primeira metade do século XVII e com eles as primeiras lavouras de subsistência. Antes deles os tupi-guarani cultivavam milho e mandioca,mas algumas tribos eram nômades.
Os homens brancos absorveram os conhecimentos de construção dos índios e também técnicas rudimentares de agricultura, como a queimada. Depois os afugentaram para as matas.
A cidade foi um importante ponto estratégico das entradas e bandeiras e seus Bandeirantes. Na verdade este período foi crucial para a consolidação e crescimento da região. Também era muito utilizado por tropeiros e suas sesmarias eram conhecidas como Portal do Sertão.
Até o século XIX, após escravidões indígenas e de africanos, a época do café e suas imensas fazendas trouxeram uma nova dinâmica a esta cidade. A inauguração das ferrovias apresentou novas possibilidades de locomoção e foram elas que carregaram os primeiros imigrantes, resultado de política governamental para combater a necessidade de mão de obra com o fim da escravidão.
A região da Colônia no Núcleo Barão de Jundiaí foi concebida pela Província de São Paulo para hospedar os trabalhadores, principalmente italianos, que chegaram no final do século XIX em grande número e se adaptaram muito bem aos moradores locais. Lá ficava uma antiga figueira que serviria de abrigo às famílias enquanto esperavam pela liberação dos lotes a serem plantados. Foram quatro os núcleos coloniais da cidade e os principais bairros foram o Bairro da Colônia, do Caxambu, Toca, Roseira e Traviú.
Com eles veio o comércio e a indústria para tirar proveito do importante entroncamento ferroviário local. Além do café a região que tem em média 762 metros de altitude já cultivava o vinho. Em pouco tempo esta já seria a principal cultura do Núcleo Barão de Jundiaí.
Embora chegassem apenas com as roupas do corpo, os bravos imigrantes iniciaram novos cultivos e estabeleceram armazéns. A cidade de Jundiaí detém importante formação cultural proveniente da Itália e a prática de suas tradições influenciaram a formação de muitos bairros da cidade. Com a crise cafeeira do incio do seculo XX a vitivinicultura ganhou ainda mais força. Embora os mais velhos parreirais da região eram da espécie Isabel, as uvas que mais se adaptaram foram trazidas do Alabama, nos Estados Unidos, com o nome de Niágara. Após adaptações ao novo terroir foi dada origem a uma casta avermelhada de uva de mesa e amplamente difundida conhecida como Niágara Rosada, a principal uva da região. O Portal do Sertão após a vinda dos italianos vira Terra da Uva.
Atualmente a população é composta por 75% de descendentes italianos formando uma das maiores colônias no Brasil. Há décadas são comemoradas as festas da comunidade como a Festa da Uva e a Festa della Colonia Italiana. Atualmente esta colônia italiana pode ser revisitada nas inúmeras adegas artesanais ainda existentes, nas fazendas de frutas e principalmente pelo cultivo das uvas de mesa e do vinho.
Para o turista o principal ícone da colonia italiana em Jundiaí é a gastronomia. Os restaurantes italianos apresentam uma cozinha tradicional e estão em sua maioria localizados nos bairros de oriundi.
Serviço
Cidade de Jundiaí
Saída 47 da Rod. dos Bandeirantes / Saída 58A da Rod. Anhanguera
Os apoiadores do Projeto Jundiaí