O proprietário é marroquino e judeu, portanto a culinária é kasher (segue os preceitos judaicos e é supervisionada por um rabino). Tudo isso em um ambiente muito aconchegante, principalmente à noite quando as velas compõem as mesas, junto com um cardápio eletrônico, onde se pode apreciar o menu com fotos e composição dos pratos.
Já no couvert os sinais são de uma casa ligada à África Árabe, com pãezinhos cobertos com zatar, gergelim e outras especiarias típicas. A Pastya é uma entrada saborosa, parecida com a árabe, mas com sabor suave e exótico. O recheio de frango com passas, canela e açúcar prova ser uma combinação oriunda dos elementos usados na cozinha Magreb.
O prato mais consumido no país não poderia faltar, o Cuscuz, com caldo de legumes. Sabor reconfortante provocado pela mistura do caldo com a semolina, feita na mesa na hora de servir. O caldo de legumes é derramado sobre o cuscuz e é amaciado imediatamente, enquanto que os legumes mantém uma certa consistência e as frutas secas dão um toque crocante.
Este cuscuz não por acaso tem muita semelhança com o cuscuz marroquino, que na verdade se transformou em um modo de fazer o cuscuz e é consumido largamente em todo o mundo árabe.
Outro prato desta culinária é a Shakshuka, que é servida na própria panela em que é feita. De consistência parecida com a de uma omelete, este prato traz carne bovina desfiada, molho de tomate, pimenta, salsa e claro, ovos.
Sem dúvida, a cozinha Magreb tem grandes diferenciais de sabor e aromas. Outros restaurantes mediterrâneos consultados a servem apenas em festivais. No Nür ela está no cardápio, mas mencione ao Daniel, dono do restaurante, se o seu interesse for pela cozinha da Argélia.
Ele trará pratos de tradição no país vizinho do Marrocos. Embora não popular em nossa cultura, esta culinária deve ser visitada.
Serviço:
Restaurante Nur, Rua Tupi, 792 – Higienópolis São Paulo – SP