A região do Alentejo representa a maior província de Portugal, que se estende desde o Tejo ao norte até o Algarve no sul, assim cobrindo 1/3 do território Português.
Os vinhos do Alentejo são controlados pela CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana), que certifica, controla e protege os DOC e Regionais Alentejanos.
A Comissão também é responsável pela promoção do vinhos Mundo afora, como foi feito em São Paulo na última edição do evento Vinhos do Alentejo.
Segundo dados da CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana), o ano de 2017 ficou marcado pelo aumento de 11,9% nas exportações, que superaram o valor de 65 milhões de euros, com um destacado crescimento de 26% para o vinho DOC Alentejo.
O cultivo das vinhas na região vem desde o domínio do Império Romano, tanto que até hoje alguns vinhos permanecem sendo preparados em Talhas e Ânforas (as uvas são maceradas e fermentadas nos jarros de cerâmica). As ânforas são tampadas com cera de abelha e ficam enterradas por até 7 meses. O barro não interfere no sabor, apenas realça a qualidade do vinho.
A composição dos solos do Alentejo é bastante variada em suas várias sub regiões:
- Granítico em Portalegre;
- Derivados de Calcários Cristalinos em Borba;
- Mediterrânicos pardos e vermelhos em Évora, Granja / Amareleja e Moura e
- Xistosos em Redondo, Reguengos de Monsaraz e Vidigueira
No continente, com altitudes que variam entre 50 a 200 metros apenas, o efeito moderador do Oceano diminui muito, principalmente numa região com pouca chuva (entre 500 e 800 mm) e onde os verões são intensos e os invernos são pouco rigorosos.
Essas condições favorecem o cultivo de uvas autóctones como as tintas Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouchet, assim como as brancas Roupeiro, Antão Vaz e Arinto.
Além destas castas, outras como Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah e Chardonnay são também utilizadas nos Vinhos Regionais Alentejanos.
No geral, vinhos encorpados com aromas de frutos silvestres e vermelhos são algumas das características dos tintos e os brancos geralmente se apresentam ligeiramente ácidos com aromas de frutas tropicais.
A utilização de ânforas geralmente provoca mineralidade, taninos mais redondos em vinhos mais cheios e equilibrados.
O Brasil é o maior mercado dos vinhos do Alentejo representando quase 20% do total das exportações da região, na frente de EUA e China.
” Como vê, o Brasil tem um lugar importante para os Vinhos do Alentejo”, afirma Maria Amélia Vaz da Silva, responsável de Marketing dos Vinhos do Alentejo no mercado brasileiro, que estima ainda um crescimento de 3 %, até o fim de 2018, no consumo de vinhos da região do Alentejo no país.
Alguns dos principais nomes nessa região são Cartuxa, Herdade de Grous, Trinca Bolotas, Reguengos, Monsaraz, entre outros.