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Pimentas e sua história

O inicio de seu cultivo foi avaliado em 7.500 ac. e é Uma das primeiras espécies a serem cultivadas pelo homem. Depois do sal é o tempero mais utilizado no mundo.

Os indígenas das Américas sempre usaram as pimentas e até hoje cultivam este elemento tão importante para eles, quanto o sal é para o homem branco. Os índios Caetés já usavam a pimenta como arma de proteção séculos antes do spray de pimenta ser usado pela polícia atual.

As propriedades das pimentas também eram utilizadas nas crenças e na medicina. Algumas são usadas para a pele, dor de dente, má digestão, dor de cabeça… Outro detalhe é que a pimenta é um alimento termogênico e ajuda no emagrecimento controlando o apetite. Além disso, também serve de descongestionante nasal natural.

Sua ingestão em quantidade ruboriza a pele a esquenta o corpo, mas elas trazem muitas vitaminas e ajudam até no câncer de próstata. Portanto seu consumo pode ser diário para benefícios na sua saúde. Não causam hemorroidas e provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e estimulam os hormônios sendo assim afrodisíacas.

A ardência, comum a todas as pimentas depende das condições climáticas da região do plantio, sua genética, as condições de crescimento e a idade da fruta. Também, quanto mais expostas aos riscos de contaminação, mais ardidas. Elas produzem as substancias em maior volume como forma de se proteger.

Com exceção da pimenta Piper que dá origem às pimentas pretas e brancas, as espécies vermelhas (capsicum) são originárias das Américas, mas pelas mãos, primeiro de Cristovão Colombo e depois de muitos outros por meio das rotas de navegação, as sementes foram levadas para África e Ásia e se disseminaram de forma espantosa na China, Japão, Filipinas, Índia e Coréia, a ponto de algumas serem confundidas como nativas. No período 1492-1600 as pimentas se espalharam pela Europa e pelo mundo.

Atualmente as maiores plantações estão na China e na Índia, assim como os maiores consumidores são considerados os Coreanos e Tailandeses.
As pimentas, que quer dizer tingimento, pintura, podem também ser conhecidas como Chilli, uma palavra derivada de dialeto mexicano.

Mas pelo mundo afora seu nome varia muito. É conhecida como Piri Piri em Portugal, Pimienta na Espanha, Chili nos Estados Unidos e Inglaterra, Piment na França, Peperoncino na Italia, Togarashi no Japão e algumas vezes paprika na Alemanha.

Atualmente o ranking da pimenta mais forte anda muito dinâmico com novidades a cada dois ou três meses. As mais fortes pimentas hoje são a 7 Pot de Trinidad Tobago acompanhadas de perto pela asiática Bhut Jolokia.

Tipos de Pimenta

As pimentas chamadas vermelhas são originarias das Américas e se distribuíram pelo mundo por meio dos conquistadores do século XVI. Atualmente as especiais são cultivadas em todos os lugares e adquirem características diferentes de região para região.

Em São Paulo existe um local para achar todas estas pimentas. Ao lado do grande Mercado Municipal de São Paulo está o Kinjo Yamato, um local destinado aos hortifrutigranjeiros.

Lá em meio a uma luz sempre agradável está o Rei das Pimentas. O simpático senhor, que se chama Santos atende seus clientes com humor raro e acaba contagiando os clientes a alguns momentos de descontração. A banca mais colorida e mais cheirosa é chamada por ele de banca de chocolate.

Está lá desde 1968 e além de oferecer seu telefone para dúvidas e receita ainda pergunta se é pra comer ali mesmo ou levar pra casa, só para obter um sorriso das pessoas. O Rei das Pimentas oferece de 15 a 25 tipos de pimentas que veem de todo o Brasil, principalmente do Pará e da Bahia. Porém as sementes são todas asiáticas. Inclusive ele comercializa pimentas de todas as regiões como a mais forte Bhut Jolokia, a mais aromática Habanero e a mais suave, Murici.

Mas se o interesse for por pimentas prontas em molhos e temperos a Banca das Pimentas oferece mais de 30 tipos de vidrinhos. Clarete que está lá há 10 anos diz que as favoritas são a Malagueta, a Cumari e a Biquinho.

Principais tipos de pimentas:

Capsicum chinense: são as mais brasileiras domesticadas e estão entre as mais fortes do mundo e abrangem as Pimentas de Cheiro – Suas cores vão do amarelo até o vermelho e mesmo o preto quando maduras, também consiste em uma das mais utilizadas nos pratos da culinária nordestina, principalmente a baiana e vai de doce a mais forte. Tem muito aroma.

Pimenta de Cheiro

Pimenta Biquinho:

Muito apreciada em saladas, risotos e pratos assados.

Biquinho

Habanero – São do México e Caribe e foram as primeiras a ser cultivadas pelos Maias. Seu forte sabor persiste na boca.

Habanero Orange

Murupi – Muito utilizada na gastronomia do Norte do país, inclusive é parte da receita do popular caldo de tucupi. Também chamada de Rainha Brasileira por ser uma das mais fortes.

Murici ou Murupi

Bode – Nativa do Brasil, muito utilizada na culinária de Goiás, mas também na Feijoada e na Carne Seca com Arroz.

Cumari – Nativa da mata brasileira. Largamente produzida no interior de São Paulo e região sudeste aparece mais nestes estados em molhos e temperos ou mesmo embaixo do arroz e feijão

Capsicum annum: das variedades mais conhecidas do mundo abrangem as pimentas de sino, os pimentões,

Jalapeño – São do México e por meio da gastronomia mexicana tornaram-se conhecidas mundo afora. É a pimenta mais utilizada no mundo e sua utilização é unânime nos tacos, burritos e nachos. Em sua versão defumada adquire sabor adocicado e é conhecida como chipotle.

Jalapeño

Pimentas americanas doces – Compridas e doces, muitas vezes substitui o pimentão na culinária brasileira, onde é amplamente utilizada.

Capsicum Bacattum: São as mais consumidas nas regiões sul e sudeste do Brasil, Cambuci – De característica mais adocicada, também conhecida como Chapéu-De-Frade.

Capsicum Frutescens: Malagueta – Podem variar de cor e de ardência também, desde a mais fraca até a mais forte. São pequeninas e compridinhas.

Muito utilizada para a Guacamole e o Pico de Galo (preparos mexicanos)

Malagueta

Dedo de Moça:  Entre a Malagueta e a Jalapeño em termos de pungência

Todas essas variedades podem ser cultivadas ao alcance das mãos em hortas caseiras, uma ótima solução para as pessoas que apreciam cozinhar em casa e ter as mais variadas picâncias e sabores, frescos e recém colhidos, à disposição.

De acordo com Claudio Nunes, Gerente de Desenvolvimento de Mercado da Isla, apenas alguns poucos cuidados precisam ser tomados na hora de ter a sua pimenteira em casa:

“A pimenta é uma planta de fácil cultivo, pode-se produzir em vasos e jardins, basta ter alguns cuidados com o manejo da água e poda. Ela não tolera temperaturas muito baixas, por isso, no cultivo em vasos dentro de casa, coloque a planta em um local que receba luz solar direta. A pimenta prefere solo leve, fértil e bem drenado. A planta pode produzir frutos por um longo período. Após algumas colheitas, realize a poda da planta para estimular o rebrotamento e a produtividade”.

Além de muito sabor, as pimentas também trazem muitos benefícios para a saúde. De acordo com Dra. Glaucia Figueiredo, nutricionista da Policlínica Granato (RJ), a capsaicina, principal substância encontrada nas pimentas, possui propriedades expectorantes, descongestionantes e termogênicas.

No entanto, não é só de ardência vivem as pimentas. As geleias feitas dessas frutas são famosas na culinária e podem ser feitas em casa. A Chef Nati Tussi, (Rambla, POA) ensina uma receita onde utiliza a pimenta Grisú/Dedo de Moça, que possui baixo nível de picância:

Geléia de Pimenta:
-80 g pimenta Grisú/Dedo de moça picada e sem sementes
– 1 maçã ralada
– 500 g açúcar
– 100 ml vinagre branco
– 30 g alho picado
– 600 ml água
– 80 g gengibre ralado

Modo de fazer:
Coloque todos ingredientes em uma panela, mexa algumas vezes durante o processo e deixe reduzir em fogo baixo até atingir consistência cremosa.

Para quem quer conhecer as variedades existentes e comprar sementes para ter uma horta em casa acesse o site da Isla: https://isla.com.br

Banca das Pimentas

Serviço:

Mercado Municipal Kinjo Yamato
Rua da Cantareira, 216 – Centro
Telefone: (11) 3313-3365

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