Um dos grandes prêmios da fotografia mundial anunciou em Março os vencedores do Syngenta Photography Award 2017 (Prêmio Syngenta de Fotografia 2017).
Sobre o Prêmio:
Syngenta Photography Award (Prêmio de Fotografia Syngenta):
Lançado em 2012, o Prêmio Syngenta de Fotografia visa chamar a atenção e estimular o diálogo em torno dos principais desafios globais e estabelecer uma plataforma importante para explorar questões de importância global por meio da fotografia.
Para a Categoria Profissional, fotógrafos profissionais foram convidados a apresentar uma série de 5 a 10 imagens impactantes relativas ao tema, acompanhada de uma proposta de projeto criativo de um máximo de 500 palavras explorando o tema de forma mais aprofundada, para uma comissão no valor de até US$ 25.000. Foram atribuídos três prêmios na Categoria Profissional – primeiro prêmio: US$ 15.000, além de até US$ 25.000 para o projeto apresentado; segundo prêmio: US$ 10.000; terceiro prêmio: US$ 5.000.
A vencedora da Categoria Comissão Profissional é a artista e fotógrafa britânico-chinesa Yan Wang Preston. O fotógrafo irlandês residente em Dublin, Kenneth O’ Halloran, foi selecionado como o vencedor da Competição Aberta.
Yan Wang Preston foi escolhida por um júri internacional presidido pelo escritor e fotógrafo William A. Ewing. Correspondendo ao tema deste ano, Crescer-Conservar, seu projeto de longo prazo, “Floresta”, explora a relação entre urbanização e natureza, particularmente em relação às florestas urbanas da China. Os conflitos entre o rápido crescimento das nossas cidades e a proteção de ecologias existentes é uma questão central no projeto. Preston recebeu US$ 15.000 como prêmio em dinheiro e até US$ 25.000 para completar sua proposta. A Incumbência irá permitir a Preston expandir e concluir o projeto, que aborda especificamente o mercado de árvores na China continental.
O segundo prêmio, de US$ 10.000, foi atribuído ao fotógrafo de San Francisco, Lucas Foglia, por seu projeto “Frontcountry” (País dos Fundos) explorando algumas das áreas menos povoadas dos Estados Unidos. O terceiro prêmio, de US$ 5.000, foi atribuído a Claudia Jaguaribe, por seu projeto “The Library Series” (Série Bibliotecas), seguindo seu trabalho fotografando as florestas tropicais brasileiras.
O Concurso Aberto permitia a participação de todos os fotógrafos com 18 anos de idade ou mais, independentemente de serem amadores, profissionais ou estudantes. Os fotógrafos foram convidados a apresentar entre 1 e 3 imagens instigantes e cativantes explorando o tema de Cultivar-Conservar. Os membros do júri atribuíram três prêmios na categoria de Concurso Aberto: Primeiro prêmio: US$ 5.000; segundo prêmio: US$ 3.000; terceiro prêmio: US$ 2.000.
O vencedor do Concurso Aberto deste ano é o residente de Dublin, Kenneth O’Halloran, que recebeu US$ 5.000. Sua fotografia vencedora retrata a produção de arroz em Tonte, Togo. Sua série atenta para o desafio da segurança alimentar global, explorando a relação do homem com a terra em alguns países na África. Em segundo lugar ficou Matt Hamon (Montana, EUA), que recebeu US$ 3.000 por sua imagem de uma mulher de Epona cuidando de seu filho criança no canto de um galpão de processamento de carne no Parque Yellowstone, Montana; e no terceiro lugar ficou Robin Friend (Reino Unido) que recebeu US $2.000 por sua imagem de uma mina de ardósia desativada no norte de Gales, que agora serve como um aterro sanitário para os produtos que a mina outrora fornecia.
Membros do júri:
O júri para a Incumbência profissional foi presidido por William E. Ewing (Canadá) e incluiu Touria El Glaoui (Marrocos), curadora e fundadora da Feira de Arte Contemporânea Africana 1:54; Ekaterina Inozemtseva (Rússia), Curadora-Chefe no Museu de Arte Multimídia em Moscou; Karen Irvine (EUA), curadora e diretora Associada do Museu de Fotografia Contemporânea do Columbia College de Chicago; Marcus Lyon (Reino Unido), fotógrafo; Weiwei Wang (China), curador do Museu de Arte Contemporânea de Xangai; e Maria Wills Londoño (Colômbia), pesquisadora, curadora e especialista em Arte Contemporânea.
O júri do Concurso aberto incluiu os fotógrafos Emily Graham (Reino Unido), Marcus Lyon (Reino Unido) e Mimi Mollica (Itália), e foi presidido por William E. Ewing (Canadá).
“Fiquei impressionado e sensibilizado, assim como todo o júri, por ver a extraordinária gama de projetos bem pensados apresentados este ano, para não mencionar a alta qualidade da fotografia. Fazer a seleção em ambas as categorias dos projetos vencedores… não foi uma tarefa fácil. Nós achámos muitas das propostas extremamente criativas em sua abordagem, e a escolha das imagens enviadas foi igualmente refletida. Também foi encorajador ver como, analisadas em conjunto, as participações mostraram uma convicção profundamente sentida de que a fotografia pode fazer a diferença em considerações de importância vital para todos nós.“, afirma William A. Ewing, presidente do júri.
Artistas Vencedores 2017
Yan Wang Preston é uma fotógrafa britânico-chinesa. Os trabalhos de Preston ganharam prêmios internacionais e foram mostrados em prestigiados locais em todo o mundo. Sua série “Mother River” ganhou o “Shiseido Photographer Prize” no Three Shadows Photography Annual Award em Beijing, China (2016), foi nomeada para o Prix Pictet Award (2015 e 2016), e ganhou o Reviewers Choice Award na FORMAT Portfolio Review em Derby, Inglaterra (2014). Ela foi mostrada como parte da Dubai Photo Exhibition (2016), na 56.ª Bienal de Veneza (2015) e em três exposições individuais em grande escala no Museu Chongqing China Three Gorges, no Museu de Arte de Wuhan e no Hotel Swatch Art Peace em Xangai. Sua série “Forest” ganhou o terceiro lugar do prêmio de escolha do curador no CENTER em Santa Fé, EUA, em 2012 e foi selecionada para o Renaissance Photography Prize em 2013. Sua obra está representada na coleção do Museu de Arte de Wuhan, China e em numerosas coleções particulares.
Kenneth O’Halloran nasceu no oeste da Irlanda e é um graduado do Institute of Art, Design and Technology em Dún Laoghaire, Dublin. Ele tem um mestrado em Fine Art Photography, da Universidade de Ulster, Belfast. Obras de O’Halloran foram publicadas em revistas como The New York Times Magazine, The Sunday Times Magazine, Le Monde, TIME e FT Weekend Magazine. Seu trabalho foi reconhecido por World Press, American Photography, Alliance Francaise e Taylor Wessing Portrait Prize. Ele também é um vencedor do Prêmio de Fotografia Terry O’Neill. O’Halloran vive e trabalha em Dublin (Irlanda).