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Salto – Cidade berço da energia e da empada frita

Salto a 104 quilômetros da capital é uma cidade para ir e aprender um pouco de história, de geologia, de imigração e sobre o Rio Tietê.

Além de encontrarmos o salto, que por si só já é um desnível de características geológicas, separando o Planalto Atlântico das Planícies do interior paulista, Salto faz parte de uma região de solo tradicionalmente rico.

No complexo da cachoeira, no centro da cidade, os prédios da antiga indústria têxtil já expõe a riqueza e beleza do granito rosa da região, o mesmo presente na Catedral de São Paulo.

Aproveite para conhecer também a Ponte Pênsil de 1913 que foi construída para garantir a pesca, antes praticada na cidade. Esta indústria têxtil pertenceu a grupo italiano que iniciou o desenvolvimento industrial na região, com grande fluxo de imigrantes europeus, oriundos da crise agrícola da Itália, no final do século XIX.

Museu Municipal, com grande acervo histórico sobre a forte imigração italiana na regiãoMas a história da cidade já vem desde a época dos Bandeirantes e os avanços rumo ao interior. Após o descobrimento de ouro no Mato Grosso, iniciaram-se as intrigantes monções, viagens que lembram as histórias da conquista do oeste americano, infelizmente mais presentes em nosso imaginário.

Depois vieram os engenhos de cana-de-açúcar e a energia gerada, graças a uma posição geográfica privilegiada em relação ao rio.

No mesmo complexo, com vista privilegiada do Ytu-Guaçu (salto grande), como era conhecido na língua nativa, está o Memorial do Rio Tietê, que nos ensina o quanto ele foi importante para o Brasil ser o que é atualmente, ao mesmo tempo em que chama atenção para os cuidados urgentes necessários com sua preservação.

Para conhecer melhor o solo da região e entender a riqueza subterrânea desta terra, siga para o Parque de Lavras para ver diferentes tipos de granitos encontrados, um museu da terceira mais antiga usina elétrica do país, além da imagem a Nossa Senhora de Monte Serrat, a maior do mundo em homenagem a Maria e só inferior em tamanho no Brasil, ao Cristo Redentor.

Assim como em Itú, tem o Parque do Varvito, em Salto tem o Parque Moutonneé que expõe rochas que comprovam a existência de geleiras nesta região há 500 milhões de anos, além de propiciar boa visão do salto mais acima. Mas para entender Salto, a região e a importância histórica do município, vá ao Museu Municipal onde se encontram rochas, peças indígenas dos primeiros habitantes desta região, relevante acervo histórico, quadro de imigração das famílias italianas, com os devidos navios em que chegaram ao Brasil e fotos dos saltenses mais ilustres, como Anselmo Duarte.

Motor antigo de geração de energia exposto no Memorial do Rio Tietê

Na parte culinária, a cidade também se diferencia por conta de um quitute já histórico. A Empada Frita de Salto, com dados sobre sua existência nos anos 40.Com massa similar ao do pastel, porém com formato de empada e recheios diversos, a empada frita ganhou até festivais e concursos.

Os últimos concursos foram ganhos pelo Restaurante Scalet, que serve a empada grande e as porções pequenas também. No último ano, foi lançada a empada de alho poró que foi a vencedora, uma delícia.

vencedora do último concurso: Alho Poró

No Krep’s Café, que é vizinho do restaurante no Centro, também são servidas empadas fritas de vários sabores, inclusive com recheio de sorvete.

 

Portanto, Salto é para aprender, apreciar e degustar. Boa visita!

 

Serviço

Kreps Café
Rua 9 de Julho, 746 – Centro – Salto – SP
Fone:(11)4029-2017
http://www.krepscafe.com.br/okreps/okreps.html

Restaurante e Pizzaria Scalet
Rua 9 de Julho, 752 – Centro- Salto – SP

Prefeitura de Estância Turística de Salto
fone: 55-11-4602-8500
www.salto.sp.gov.br

Obs.:
Ações devem ser tomadas para acelerar a limpeza do rio mais importante na expansão deste país. Sabemos em São Paulo o que representa sua poluição nas marginais. Nas cidades ribeirinhas, o rio deposita detritos de material poluente por toda a margem. Ë comum avistar aves de grande beleza tentando sobreviver em águas tão sujas, assim como peixes e outros animais que configuram uma imagem triste do rio mais rico do país, pois está em meio à uma das regiões mais prósperas do mundo.

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