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Vinhos das regiões do Porto & Douro apresentam o melhor de Portugal

Quinta Vale D. Maria

O Hotel Intercontinental, localizado no bairro nobre dos Jardins, sediou mais uma edição da Mostra Porto & Douro de vinhos.

Hotel Intercontinental

Assim como nos anos anteriores, o salão do mezanino do hotel estava lotado de produtores e interessados. Cada produtor trouxe o que de melhor produz para conhecimento do mercado de São Paulo.

Para muitos visitantes esta reapresenta a oportunidade de conhecer novos rótulos, novos sabores e aromas da grande variedade de vinhos disponíveis na região do Douro e do Porto. A região do Nordeste de Portugal tem mais de 2 mil anos de cultivo do vinho, sendo uma das primeiras a serem demarcadas como Denominação de Origem Controlada (DOC) e é banhada pelo Rio Douro e tem clima propício para inúmeras cepas, com topografia que potege dos ventos da região. O resultado são vinhos potentes, encorpados e concentrados, sem perder classe e elegância. Atualmente a região detém mais de 250 mil hectares de vinhedos.

Durante a mostra, a degustação ficou mais focada nos Tintos do Douro, por um questão de foco.

Destaque para os vinhos da Adega Alentejana, que apesar do nome traz muitos dos melhores rótulos do Douro.

Alguns vinhos já são cativos da mostra, como é caso do simpático Chorinho Tinto 2015. O design do rótulo sugere um vinho que aproxima os Brasileiros dos vinhos Portugueses e de fato o faz. A bebida de cor rubi, com aroma frutado, toques de cereja e amora se apresenta frutado, sabores de frutos vermelhos, taninos pouco salientes e com frescor na acidez. Fácil de beber, mesmo sozinho.

As uvas são Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca.

Outro vinho da importadora que chamou atenção foi o Poeira Tinto 2014. Já mais robusto, não perde a amaciez e elegância. Sabor amadeirado e frutas maduras. Um vinho complexo, concentrado com nuances de chocolate e frutos vermelhos. Nas palavras do enólogo Jorge Moreira, “um vinho muito bebível e apetecível quando novo mas que, ao mesmo tempo, tem capacidade de evoluir.”

As uvas são Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional, Souzão e Tinta Barroca.

Destaque também para os vinhos da Quinta Vale D. Maria, cujo enólogo sugere que o Douro seja uma mistura entre Borgonha e Bordeaux. (Foto destaque)

Nota do enólogo: Cristiano Van Zeller afirma “somos uma espécie de pequena Borgonha, onde cada parcela é um ‘cru’ especial e único, multiplicado pelas extraordinárias combinações que advêm da mistura de castas. Esta ideia de uma pequena Borgonha não é apanágio só da Quinta Vale D. Maria. Todo o Douro pode, e deve, ser olhado dessa maneira”. Ele ainda indica que a semelhança com Bordeaux advém do fato de que as divisões entre as Quintas do Douro são muito homogêneas.

Os vinhos da Quinta D. Maria respeitam os métodos clássicos como a pisa e a fermentação em lagar.

As famosas Vinhas Velhas estavam presentes nos vinhos Palavrar, que trazem em seus rótulos, poemas de Fernando Pessoa. Destaque para um dos melhores da degustação, o vinho Bons Anos, do mesmo produtor, engarrafado somente em ciclos onde vários itens de controle de qualidade e sabor são alcançados. Espetacular!

As uvas são Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz.

Mais uma vez, louvável a atuação da organização. Até a próxima Wine Tasting Porto & Douro.

 

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