A produção do Sherry ou Xerez, como também é conhecido acontece na cidade que dá nome aos vinhos, na região de Andaluzia que fica no sul da Espanha. O mesmo Jerez de la Frontera que acontece a etapa de Fórmula 1.
Sua especificidade é o método de produção chamado Solera, onde vinhos velhos (crianzas) e novos são misturados. No método tradicional as barricas ficam empilhadas dispondo os mais antigos embaixo e os mais novos em cima. Outro vinhos como Marsala, Porto e Muscadelle também utilizam esse sistema. Por esse motivo, apesar da data da solera poder estar no rótulo, não espere por uma safra, pois os últimos vinhos podem conter partes pequenas de vinhos de muitos anos, até mesmo centenários.
O Jerez é produzido há mais de dois mil anos e suas características de produção, tempo de envelhecimento e manejo lhe garantem uma complexidade única.
Durante o processo de fermentação ocorre um fungo específico chamado “flor” que também irá diferenciar o Jerez, pois o protege da oxidação causada pelo contato direto com o ar. Os Finos e Manzanillas são menos alcoólicos para não matar as leveduras, mas espere 15% a 16% de teor nesses vinhos.
Outra marca específica do Jerez é a ampla variedade de vinhos deste estilo. Suas versões podem ser secas, delicadas de coloração pálida como os Manzanilla ou mais potentes, com coloração mais densa e doce como os Pedro Ximenes. Entre esses estão o Fino, o Oloroso, o Amontillado, o Palo Cortado e o Moscatel. Tem ainda os Cream, principalmente para o mercado britânico.
Apenas os doces Pedro Ximenes e Moscatel são feitos da uva branca Pedro Ximenes. Os outros Jerez são todos produzidos a partir da uva branca Palomino.
Os vinhos de Jerez são muito gastronômicos e tem versatilidade para uma ampla gama de harmonizações e coquetelaria.
Apesar de já ser o tema de vários wine bars na Europa, no Brasil a Sherry Week é que tem desbravado o paladar dos brasileiros para que conheçam o Jerez.